quarta-feira, 30 de julho de 2014

Balaton Sound 2014

Eu já até tinha assistido o after movie do Balaton Sound 2013, mas depois de ir pra Tihany e ver o quanto aquele lugar é foda, estava decidido! eu tinha que ir pro Balaton Sound 2014. 

Comprei o ingresso para os 4 dias de festival e o ingresso do camping. Novidade total pra mim, nunca tinha ido num evento tão longo e muito menos acampado. Comprei as tralhas: uma barraca de HUF 3000 e um colchão inflável de 2000 HUF, ambos da marca tesco. Realmente tudo muito barato, e de qualidade meio duvidosa, mas iria usar poucas vezes.

Saímos de Budapeste com destino a Zámardi por volta das 17 horas da quinta feira dia 10, o primeiro dia do evento. Sol de rachar, calorzão, tudo perfeito. Após duas horas de viagem de trem: chuva. Chegamos debaixo de muita chuva, levamos quase 30 minutos da estação até o camping. Montamos a barraca debaixo de chuva e fomos pro ultimo show do dia, que era do Alesso. 

Depois do primeiro show, demos um role pelo evento, uma infraestrutura sensacional! Várias tendas eletrônicas com estilos diferentes. A chuva tinha tomado conta do lugar, tudo estava virado em lama. Quando voltamos para a barraca: tudo alagado. Dormi com as cobertas todas molhadas.

No dia seguinte, chuva o dia inteiro! Mas nem por isso ficamos só dentro da barraca. Saímos para a cidade, fizemos algumas compras e voltamos para a barraca. Quando chegamos a alegria: a chuva parou, corri pro chuveiro e quando voltei a chuva veio junto. Cada um entrou na sua barraca, e lá conversamos e tomávamos vinho: fim de carreira, mas foi divertido. Até deu pra tirar uma foto.



Segundo dia, e os principais shows: Dimitri Vegas e David Gueta. Saimos cedo para pegar lugares relativamente bons. Os shows foram excelentes, David Gueta principalmente, mas naquele esquema, hora ou outra acabava chovendo e eu colocava a capa de chuva.



Mesmo esquema, acabaram os shows, e lá fomos nós dar um role pela infra do show. Tinha até bumgee jump. Voltamos para a barraca, ainda era só sexta e ainda tinham mais dois dias.

Para a minha alegria, acordei sábado bem cedo por conta do calor! Estava fazendo sol! Mal podia acreditar, depois de dois dias debaixo de chuva. Aproveitei a ocasião e sai estendendo as roupas pelas árvores pra ver se alguma coisa secava. Com o dia ensolarado era hora de aproveitar a "praia".





Na noite do sábado tinha show do Wiz Khalifa, era o último, e era só o qual me interessava naquele dia. Fomos cedo mais uma vez para o evento, agora para explorar a infra durante o dia. Não estava frio, deu até pra arriscar usar uma regata, as roupas já estavam acabando. 





O último show da noite foi top demais! Quando o show começou, o Wiz me solta uma bomba do tamanho do mundo. Ele começa cantar meio desanimado e talz, mas até o final, a vibe já tinha passado. Até que na última musica do show o maluco tira a blusa e se joga pra galera pra loucura dos fãs e dos seguranças. Embora eu não esperasse, o show foi animal!





Uma das coisas mais interessantes do evento foram esses copos de chopp da Heineken, cusvam HUF 250, e eram muio legais, porque você pode carregar vários, acoplando um ao outro, fazendo isso:


é obvio que não eram todos meus, mas bem que podiam xD.

Bom, o evento foi sensacional, me diverti um monte. Conhecemos pessoas de países que nem sabíamos que existia, e principalmente belgas. Tinham muitos belgas! Nem sabia que tinha tanto belga na Bélgia kkkkkk. Segundo eles "Nós gostamos de festival". Eu diria que pelo menos 1/3 das pessoas que lá estavam eram de lá. 

O único problema do evento foi a chuva. Andar dois dias com o pé molhado, com tênis lotado de lama foi problemático. Acampar debaixo de chuva também não foi uma das melhores coisas que já fiz, mas valeu a experiência. Nisso tudo aprendi algumas coisas:

  • Usar uma bota impermeável teria ajudado;
  • Usar uma jaqueta impermeável também teria ajudado;
  • Uma lona pra cobrir a barraca, por cima e por baixo, pra evitar entrar água;
  • Levar um banquinho dobrável. Muitas vezes queria sentar mas não podia;
  • Uma corda pra poder estender toalha molhada, ou o que quer que seja;
  • Montar a barraca debaixo de uma sombra, pois quando o sol batia nela, era impossível ficar dentro.
E claro, a companhia também fez valer o evento, valeu rapaziada! Rafael, Felipe, Arthur e Leonardo!

domingo, 27 de julho de 2014

A Noite do Museu

No dia 21 de junho ocorreu o solstício de verão aqui na Europa, o que significa que o verão começou e com isso seria o dia mais longo do ano. E qual a melhor maneira de comemorar isso? Com cultura!

Não sei se foi coincidência porque a data caiu num sábado, mas anualmente ocorre a Noite do Museu. O evento é o seguinte: Nas estações de metrô, você compra uma pulseira que custa HUF 1500 para adultos e HUF 600 para crianças e tem a liberdade para entrar em qualquer museu de Budapest entre as 18:00 e as 02:00 do dia seguinte. São 8 horas pra visitar mais de 200 museus.

Não só isso, haviam linhas de ônibus exclusivas para levar as pessoas de um museu para outro. Consegui visitar 4 museus, um deles foi o Museus de Belas Artes, que fica localizado em frente a Praça dos Heróis. Eu não sou o cara que mais gosta de arte, mas lá haviam exposições das expedições húngaras para o Egito. Havia tudo que é tipo de artefato, inclusive sárcofagos e as próprias múmias! Achei muito daora, Não só isso, várias telas que era impossível ver todas. 

De lá fomos para o Buda Castle, visitamos alguns museus e vimos a cidade lá de cima durante a noite, algo que ainda não tinha feito:

 Indo pro Castelo



Visitar um museu é algo caro, ainda mais se você tiver que pagar para toda a família. Essa iniciativa permite que toda a família tenha acesso a cultura por um preço acessível ao menos uma vez ao ano.

Eu não pude tirar de dentro dos museus porque não era permitido. Ano que  vem quero visitar participar da noite novamente e ir em alguns outros museus.

Trip II - Tihany, Hungria

Bom galerinha, nem todas as viagens que eu estou fazendo são com objetivo único e exclusivo de turistar. No dia 19  de junho a Universidade em que estudo, a BME organizou um trip para Tihany, um cidadezinha no interior da Hungria, localizada na península do Lago Balaton, que é o maior da Europa Central e Ocidental. 

Aqui na Hungria, eu não estou estudando apenas Inglês por enquanto, mas estou estudando também o idioma local, o húngaro pra quem não sabe. E isso tem tudo a ver com a trip, pois lá visitamos a Bencés Apátság, um mosteiro fundado pelo Rei András I. 

A carta de fundação do mosteiro é o primeiro registro existente da língua húngara. Na cripta do mosteiro, junto de uma cópia da carta há o túmulo do Rei András I.

Lá de cima do tempo é possível ver o quanto o Lago Balaton é lindo! Realmente é um lugar fantástico, destino certo! Tirei algumas fotos:








Depois disso, ficamos liberados para entrar no lago e aproveitamos isso. Quase todos se arriscaram entrar na água. Embora o dia estivesse ensolarado, a água estava muito gelada. O lago é bem raso e ótimo para nadar, muito limpo e sem sujeiras no fundo, apenas areia. Ao londo do lago, existem várias cidadezinhas que hospedam os turistas, uma vez que o Balaton é a praia húngara.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Szabadságkoncert

Esse palavrão ai em cima significa "Concerto da Liberdade", e se lê "Sóbótchág Concert", que comemora os 25 anos da "Liberdade" Húngara. Como assim? Uma explicação bem chula: Durante a Segunda Guerra Mundial, a Hungria foi tomada pelos Nazistas, e após o fim da guerra, chegou a vez dos Socialistas. Os socialistas ficaram aqui, tomando conta do país até 1989, ou seja, em 2014 a Hungria voltou a ser Hungria. 

É meio louco pensar apenas 25 anos atrás, o povo húngaro era totalmente dominado, e que isso influencia a cultura até hoje. Imagine, tudo é muito recente e muito diferente da liberdade que se tem hoje. Tudo é muito mais evidente a partir do momento que você visita o Museu do Horror. Eu visitei dias antes do evento, mas não é permitido tirar fotos. Se você quer ver um pouco sobre o museu assista "O Mundo Segundo os Brasileiros - Budapeste", é bem fácil encontrar no youtube. Eu não quero entrar muito na questão politica e nem tenho gabarito pra isso, só quero contar o que vejo..

Pra comemorar a data, alguém (não sei que organizou o evento) decidiu fazer um show na principal praça da cidade, a mais turística e histórica da cidade: a Heros Square. Mas beleza, de quem era esse show? Primeiramente, lógico, tinha que ser uma banda local, tradicional aqui e que todos conhececem: Omega (em húngaro Ômegó, que remete ao símbolo ω). O vocalista era um tipo de Mick Jagger húngaro, na questão de se vestir, dançar, cantar e tratar a platéia. Todos os que estavam lá aclamavam por eles, cantavam as músicas, foi realmente bacana o show! O segundo show era de uma bandinha qualquer: Scorpions. 

O show estava marcado para começar as 18:30 do dia 16 de junho. Muita gente me disse que começaria no horário e talz, mas isso não foi bem verdade. Sai de casa as 18:00, e pra minha surpresa acho que todo mundo saiu esse horário também. Aqui não exite horário de pico, é sempre tranquilo andar de metro por aqui, exceto nesse dia. Fui uma parte de metro e a outra andando:





O show primeiro show começou um pouco atrasado, não me lembro o quanto. Como falei ali em cima, o show de abertura foi realmente contagiante para os Húngaros, e se eu fosse um deles, provavelmente acharia isso também.

O segundo show eu sinceramente achei que seria meio palha, apesar de ser do Scorpions, tipo "ah, é um show grátis, deve ser meio palhinha...". Ai que eu me enganei. Conforme o tempo foi passando até começar o primeiro show e durante ele, a praça simplesmente ficou lotada, eu não imaginava que haveria tanto espaço naquele lugar e ao mesmo tempo, eu estava em pé e confortável. O que eu quero dizer é que não tava espremido ou ainda sendo empurrado, estava em pé esperando o show começar.

O show simplesmente foi foda. Eu admito que não sou o maior roqueiro de plantão, mas nem por isso deixava de conhecer algumas músicas deles, como é claro Wind of Change, que a propósito foi a última música do show, e muito bem apropriada para o momento. O Klaus Meine, assim como o baterista e os guitarristas estavam inspirados, puta que pariu, que show foda!. Só estando lá pra entender... nesse ponto sou bem ruim com descrição.

Eu fiquei realmente bobo com a organização do evento e a quantidade de pessoas presentes lá. Era muita gente, eu sinceramente não faço ideia de quantas pessoas haviam. Outra coisa, é muito bom ver o povo comemorar uma data assim aqui na Hungria, com Cultura! Infelizmente não é sempre que isso acontece no Brasil.








terça-feira, 15 de julho de 2014

Trip I - Eslováquia

O objetivo de ir pra Eslováquia era aproveitar a viagem de Viena, pois as duas capitais ficam cerca de 60 km de distância, uma hora de ônibus. Sair de Budapeste só pra ir pra Bratislava talvez não compensasse. Chegamos lá pouco depois das 18 horas. Não tínhamos mapa, e ninguém falava absolutamente nada de inglês. Compramos um mapa onde desembarcamos, pela bagatela de 5 EUR. 

Com o mapa conseguimos ir nos situando e chegamos no Patio Hostel. A diária no hostel era barata, 10 EUR, e o hostel era tão bom quanto o de Viena. Nos instalamos, fomos num mercado próximo do hostel. Compramos algumas coisas, voltamos pro hostel e comemos. Depois saímos dar umas voltas na cidade, mas para a nossa "sorte" era domingo. Absolutamente tudo fechado, só meia duzia de bares abertos. Ficamos andando cerca de 2 horas no centro histórico da cidade, e sem brincadeira, conhecemos tudo. 
O interessante foi visitar o Castelo de Bratislava a noite. Ele fica no alto de uma colina às margens do Rio Danubio, o mesmo que passa em Budapeste. Lá de cima foi possível ver boa parte da cidade.




Paramos num bar e tomamos uma cerveja, mas só uma porque o bar estava fechando, e logo fomos embora. 

As 11 horas do dia seguinte fomos até o local onde desembarcamos para comprar a passagem pra Budapeste e descobrimos que lá não era a Rodoviária. Ela ficava cerca de 30 min de caminhada do centro da Cidade. Aproveitamos a situação, voltamos ao Castelo de Bratislava, mas agora durante o dia.








depois disso subimos no Restaurante Panorâmico de Bratislava, com a minha carteira ISIC eu paguei 4,35 EUR, a vista de lá é maravilhosa!





De lá seguimos pro centro da cidade:






Igreja do Grêmio hahaha




A principio eu me decepcionei um pouco com a cidade. Acabara de conhecer duas cidades fodas, Budapeste e Viena e isso deve ter influenciado na minha opinião. Com disposição, é possível conhecer o centro histórico de Bratislava em 3 ou 4 horas, e foi o que fizemos. 

Quando chegamos na Rodoviária a surpresa: só havia bilhete disponível para voltar as 19 horas. Decidimos que não íamos ficar esperando tanto tempo, tínhamos mais de 4 horas off. Fomos até o Shopping Euroveia:






Muito interessante o shopping. Ele fica às margens do Danúbio, e entre o shopping e o rio existe umas pistas de caminhada, um gramado enorme e vários bares. Várias pessoas deitadas no gramado, casais aproveitando o dia de sol. Era isso que faltava pra mudar minha opinião sobre a cidade. Uma capital da Europa com quase 400 mil habitantes não poderia ser só aquilo, e não era. Muitas pessoas me disseram que a vida noturna de lá é muito interessante, e que vale a pena aproveitar. 

Em relação à grana, lá as coisas são sim mais baratas. Apesar de ser zona do euro, as coisas tem um valor mais aceitável. Uma coca por exemplo, custa 1,50 EUR. 

A cidade não tem metro, mas aparentemente os Trams são mais simples, ou mal cuidados. Eu não usei o transporte público, não foi necessário.