domingo, 10 de agosto de 2014

Dia do Wilmar

Não podia deixar esse dia passar em branco, afinal, se tem alguém que é o principal responsável por eu estar onde estou, esse alguém é o meu véio. 

Meu pai só tinha medo de uma coisa: Não dar o melhor para os filhos. Sempre se esforçou para dar o melhor para meus irmãos, e com certeza pra mim. Nunca teve medo de se encarrar nada para conseguir esse objetivo.

Não que o meu objetivo seja fazer uma biografia da vida dele, mas já muito cedo, com 18 anos foi servir o exército em uma época que carta era um luxo e levava alguns pares de dias pra chegar. Entre idas e vindas, foi parar no Paraná, voltou pra Santa Catarina, foi pra Goiás e foi taxado de louco onde muitas pessoas perguntavam "fazer o que em Goiás?" assim como me perguntavam antes de vir pra cá "Hungria?". Com seu carinho motor mil se enfiava nas piores estradas do Mato Grosso, Tocantins e ainda Bahia e Maranhão e Pará. Chegou a ficar 32 dias sem aparecer em casa, mas nunca deixou de ser um pai presente. 

Toda noite após as 9 da noite eu e a mãe conversávamos com ele por telefone, pois esse horário a tarifa é reduzida. Enfrentava filas nos telefones públicos pra poder estar lá, presente, falando com o filho e a esposa que estavam algumas vezes a mais de 1000 kilometros de distância. 

Sempre quando voltava de viagem os presentes: Um laka, um diamante negro e os cartões telefônicos. Não que fosse de propósito, mas no primeiro abraço que nos dávamos sentia o cheiro de estrada  na camisa e ainda o cheiro de cigarro que na época odiava, mas hoje me faz falta.

Já não bastasse viajar pra tentar nos dar o melhor, ficou um ano e meio morando no Tocantins enquanto eu e a mãe morávamos em Goiás para o que? Mais uma vez, no dar o melhor.

Tá Rodolpho, mas o que isso tem a ver com o seu intercâmbio? Tudo. Não só direta, mas indiretamente também. Se meu pai nunca teve medo de sair de casa, por que eu teria? Ele é meu maior espelho, sempre foi minha referencia, meu porto seguro. Sempre foi o Cara! A dedicação que ele teve de me colocar em boas escolas, resultou minha entrada em uma boa universidade e que garantiu meu bom desempenho acadêmico que me garantiram o intercâmbio. 

Eu só quero agradecer muito por tudo o que você fez e sempre faz por mim. Te amo muito meu véio!




Quero deixar aqui também, os parabéns aos outros pais de plantão! Meu vô Ino, meu Vô Hélio que hoje está no outro mundo, ao Seu Laurindo, meu sogro. Também aos meus cunhados Márcio e Leomar, aos Tios Edson, Gilmar, Paulo, Marcelo e Ednilson. Sem esquecer dos Primos Leandro e Bruno!

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